quinta-feira, 14 de junho de 2012

AGORA NA ARENA INDEPENDÊNCIA, CRUZEIRO BUSCA RECUPERAR O QUE PERDEU JOGANDO FORA DE BH

Flavio Tavares
Ingressos Cruzeiro
Torcedores do clube tiveram dificuldade nessa quarta-feira na busca por ingressos

     Depois de cumprir a suspensão imposta pela CBF, com a perda de dois mandos de campo, quando o Cruzeiro jogou contra Atlético GO, no Parque do Sabiá, e contra o Sport, no Melão, em Varginha, a equipe celeste volta à Arena Independência, no próximo sábado, às 18h30, para enfrentar o Figueirense, pela quinta rodada do Brasileiro. Com esta volta a BH, o Cruzeiro tenta recuperar a renda que perdeu por ficar de fora das finais do Mineiro e por mandar seus jogos longe de Belo Horizonte.

    Desde que o Independência recebeu sua primeira partida oficial, a vitória do Atlético por 2 a 1 sobre o Goiás que tirou o Galo da Copa do Brasil, no dia 3 de maio, o Cruzeiro disputou três jogos como mandante. Mas por conta da perda de dois mandos de campo justamente na goleada por 6 a 1 sobre seu maior rival, na última rodada do Brasileirão do ano passado, a equipe celeste foi impedida de retornar a Belo Horizonte, o que gerou um grande prejuízo para o clube.

     Antes do duelo do próximo sábado contra o Figueirense, o único jogo que o Cruzeiro poderia ter disputado no Gigante do Horto foi a derrota para o Atlético-PR por 2 a 1, em 9 de maio, que custou a eliminação na Copa do Brasil. Na ocasião, a diretoria celeste optou por jogar na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, diante de 8.769 torcedores, que renderam para o cofre do clube R$ 107.467,49.

     Um valor baixo se comparado a outras grandes equipes do país, e mesmo assim, a maior renda líquida do Cruzeiro em suas últimas três partidas. Uma semana antes, contra o Goiás, o Galo embolsava R$ 471.884,11 em sua estreia no Independência, mais de quatro vezes o arrecadado pelo clube celeste.

     Em seus dois jogos como mandante no Campeonato Brasileiro, a renda líquida cruzeirense foi ainda menor. Na estreia, diante do Atlético-GO, no Parque do Sabiá, em Uberlândia, o clube abocanhou somente R$ 48.509,60, fruto de um público pagante de 3.952 pessoas.

     Contra o Sport, em Varginha, no último domingo, o faturamento aumentou: foram R$ 73.951,58, para 4.574 torcedores pagantes. Mesmo assim, a quantia é inferior, por exemplo, ao embolsado pelo América em sua última partida no Independência. Contra o Criciúma, no último dia 2, pela Série B, o Coelho arrecadou R$ 77.087,59, para um público de 5.191 espectadores.

      O tamanho do rombo no cofre celeste fica ainda mais claro quando a arrecadação do clube é comparada com a de seus rivais da capital desde que o Gigante do Horto foi reinaugurado. Enquanto o Cruzeiro obteve uma renda líquida de R$ 229.928,67, o América arrecadou R$ 475.667,98, e o Atlético, R$ 1.555.864,64.

     Mas além do prejuízo causado pelo torcedor que forçou a perda dos mandos de campo no Brasileirão – ao arremessar um rojão no gramado –, a questão técnica também jogou contra os cofres do Cruzeiro. Somente por ter sido eliminado das finais do Mineiro, o clube deixou de embolsar pelo menos R$ 352.584,98, valor arrecadado por América e Atlético, cada um, por estarem na decisão, e mais do que o time celeste faturou durante todos os jogos desde que o Gigante do Horto foi reaberto.

     Com mais de R$ 1,5 milhão de renda líquida desde que voltou a atuar em Belo Horizonte, o Atlético parece ter encontrado a fórmula perfeita para explorar o Independência. Além de ter uma média de público superior a 15 mil torcedores por partida no Brasileiro, o valor médio que o clube arrecadou em ingressos nos jogos de torcida única no estádio chega a R$ 23,96 por torcedor. O América faturou R$ 14,38 em seus dois primeiros compromissos como mandante na Série B.

     Enquanto isso, o Cruzeiro, mandando seus jogos longe de Belo Horizonte, embolsou apenas R$ 13,56 em média para cada ingresso vendido desde que o Gigante do Horto foi reinaugurado. Um valor muito abaixo das necessidades de um dos maiores clubes do país.

Fonte: Hoje em Dia

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