segunda-feira, 14 de maio de 2012

DEPOIS DE 36 ANOS, ATLÉTICO É NOVAMENTE CAMPEÃO INVICTO DO CAMPEONATO MINEIRO

     O primeiro campeão da nova era do Independência, atualmente Arena Independência; o campeão da centésima edição do Campeonato Mineiro e o campeão mineiro invicto de 2012. Estes foram as atributos de o Atlético consegue, depois da conquista do título Estadual.

     Foi uma competição sem derrotas, quando o Galo conseguiu 11 vitórias e 4 empates na sua campanha no Campeonato Mineiro de 2012. Há exatos 36 anos que o Atlético não conseguia chegar ao título de forma invicta. O último título invicto do alvinegro tinha sido em 1976, no Mineirão, quando ainda figurava na equipe atleticana diversos jogadores formados na base e o time era o seguinte (foto): Alves, Márcio, Ortiz, Toninho Cerezo, Dionísio e Vantuir (em pé); Belmiro (massagista), Marinho, Danival, Reinaldo, Paulo Isidoro e Marcelo (agachados).




Marcos Michelin/EM/D.A Press
O Galo campeão invicto de 2012

Um jogo digno de um campeão invicto

     A decisão do Campeonato Mineiro de 2012 foi com o América, em dois jogos. No primeiro aconteceu o empate em 1x1, com André marcando para o Galo e Bruno Meneguel para o América. Com o resultado o Atlético manteve a sua vantagem e foi para o segundo jogo jogando pelo empate ou um vitória, por qualquer placar. Ao América somente a vitória interessava.

      Desde o início do jogo o que se viu foi o Atlético impondo o seu rítmo de jogo e com a equipe escalada pelo técnico Cuca totalmente ofensiva. O técnico optou por não repetir o esquema 3-5-2, jogando no primeiro jogo, para ousar colocar o Galo num 4-5-1 com um revezamento constantes dos jogadores de frente: Mancini, Danilinho, Bernard e Guilherme. Com este esquema de jogo e com uma marcação forte, o Coelho criou apenas uma jogada de gol no primeiro tempo, quando Rodriguinho bateu de dentro da área e obrigou Giovani a fazer uma grande defesa.

     Os americanos reclamaram de uma posível penalidade cometida em cima de China, quando Bernard puxou o jogador pela a camisa e dentro da área. O árbitro não marcou. A falta aconteceu, mas a encenação do jogador americano acabou confundindo o árbitro, que acompanhava o lance e não deu a falta máxima.

      O Galo criava bons contra-ataques e perigos para a meta de Neneca. A primeira foi Mancini cobrando falta e a bola tocando no travessão americano. Bernard teve uma oportunidade de dentro da área, mas chutou mal.

      Com a partida a sua mercê, o Galo chegou ao seu primeiro gol aos 30 minutos do primeiro tempo. Serginho, que foi um dos destaques do clássicos, armou um contra-ataque rápido e tocou para Guilherme. Esse chutou de curva e a bola tocou no travessão e voltou alta, Serginho subiu com Patrick e conseguiu cabecear e marcar o gol. Atlético 1x0.

      O América precisava assim de virar o marcador para ser campeão. Mas o Galo continuou impondo o rítmo e aos 39`praticamente colocou as mãos na taça, quando em um lançamento de Richarlyson para Bernard, ele conseguiu ganhar de Patrick e com um toque sutil, tirou do Neneca, e fez o segundo gol do jogo. Atlético 2x0.

       O único fato lamentável para o Galo no primeiro tempo e no jogo, foi a contusão de Guilherme, que depois de se recuperar de outra contusão, voltou bem à equipe nos dois jogos, mas aos 44´ teve que sair sentindo a coxa esquerda. Cláudio Leleu entrou em seu lugar e fez o seu papel.

       Tentanto ainda uma sorte maior na partida, apesar de ter que fazer três gols e não sofrer nenhum, o técnico Givanildo Oliveira voltou para o segundo tempo com a equipe mudando Kaio no lugar de Patrick, que falhou nos dois gols do Galo, e Bruno Meneguel no de Fábio Júnior, que foi figura apagada. As modificações não surtiram efeito porque o Galo continuou com a marcação forte e o Coelho criou pouquissímas jogadas de perigo.

       Mesmo tirando o pé do acelerador, o Galo ainda comandava as ações. Jogava em contra-ataque, explorando, principalmente, as jogadas rápidas com Bernard e Cláudio. Numa dessas jogadas, aconteceu um bate rebate na área do América, quando Mancini chutou na trave e a bola sobrou para Marcos Rocha, que carimbou o travessão. No rebote a bola sobrou para Bernard, que bateu forte e mesmo o Neneca espalmando a bola, não foi suficiente para impedir o terceiro gol da partida. Atlético 3x0.

     Com o placar elástico e com o América sem poder de reação, os jogadores do Atlético passaram a tocar a bola. Mancini se desentendeu com Moisés e para evitar atritos maiores, Cuca o tirou e colocou no seu lugar Paulo Henrique. Que não teve tempo para mostrar suas qualidades.

Detalhes do jogo:

Atlético - Giovanni, Marcos Rocha, Rafael Marques, Réver e Richarlyson; Pierre, Serginho (Lima, 28min/2ºT), Bernard e Danilinho; Guilherme (Cláudio Leleu, 44min/1ºT) e Mancini (Paulo Henrique, 38min/2ºT). Técnico: Cuca

América - Neneca; Patrick (Kaio, intervalo), Gabriel, Everton e Bryan; Leandro Ferreira, China, Moisés (Adeílson, 30min/2ºT) e Rodriguinho; Alessandro e Fábio Júnior (Bruno Meneghel, intervalo). Técnico: Givanildo Oliveira.

Gols: Serginho (30min/1ºT), Bernard (39min/1ºT e aos 31min/2ºT)

Cartões amarelos: Guilherme, Richarlyson, Serginho, Mancini e Bernard (ATL); Alessandro e Bruno Meneguel, Bryan (AME)

Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (FIFA/RS)
Assistentes: Fabiano da Silva Ramires (Asp.FIFA/ES) e Fábio Pereira (Asp.FIFA/TO)

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