Provavelmente Minas Gerais é a única localidade do mundo onde um jogo de expressão só pode ser visto por uma torcida. Os dirigentes das duas equipes, as polícias Militar e Civil, o Ministério Público, a Federação Mineira de Futebol e a BWA, que administra a Arena Independência, fizeram uma reunião hoje na sede da FMF e definiu que continua valendo uma decisão anterior de que em clássicos entre Atlético e Cruzeiro, que só terá uma torcida.
Como o mandante é o Cruzeiro, neste primeiro turno a Arena Independência só receberá torcedores do azul celeste. No segundo turno inverte e será a do Galo que estará presente.
É um absurdo o que aqueles que não entram em campo decidem e tomem esta iniciativa de que em clássicos entre Atlético e Cruzeiro tenha apenas uma das torcidas presente. Se a alegação é de que a Arena Independência é um local perigoso para a chegada dos torcedores, vários outros estádios brasileiros têm as mesmas características e no entanto não criaram esta aberração.
No Beira-Rio, que está em obras, a limitação de presença de público foi definida pelo Ministério Público, mas porque as obras diversas impedem que tenha a capacidade total do estádio com torcedores. Terá uma carga de ingresso de 17 mil ingressos e desses cerca de 900 ingressos serão para o torcedor gremista.
O mais importante nesta situação é que ninguém fala de brigas dentro do estádio entre torcedores das equipes, mas acontecem no entorno e até em locais mais distantes e por isso essa aberração de proibir o torcedor de comparecer ao estádio para vibrar com a sua equipe. O Estatuto do Torcedor é usado em vários assuntos ligados ao futebol, mas no momento que o torcedor é impedido de ir ao estádio, ninguém levanta a voz e faz valer o direito do torcedor.
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